Memórias da “minha” puta triste

Como criancinhas
Ao pequeno almoço!
Num acto culposo
D’acções mesquinhas…

Diz-mo a varina
Por pessoa interposta,
Que de mim não gosta,
Nesta veia assassina…

Nos recém-nascidos
Faço do crime, objecto!?
E já estive mais perto
D’os ter por comidos?!

Sou um assassino
Na voz desta gente!?
Da então “dirigente”
De pregão sibilino…

Que nos aviões
Insiste na tese…
Pois isso esclarece
As suas “opiniões”!

Fala com denodo
De quem tudo sabe!
Ela que não cabe
No avião todo…

Pois nessa soberba
De quem diz deter
O grande mester
De dançar na verga!

E tendo-se médica,
Possuir estetoscópio,
Como solilóquio
Nessa tese anedótica!

Tem-se por último,
Do Aécio, íntima!
E quando lá em cima
Tod’o Rio é púlpito!

Vive nesse “flat”
Por Sushi negócio
E se voa em ócio
Muda-se sem o frete…

D’ali pernoitar
Em hotel antigo,
Que não vai consigo
Ter de trabalhar…

E se nisto voa,
É tão só do bicho!
Pois qu’isso é o nicho
De viver na boa…

Pois que no iate
Tem-se a navegar,
E não é trabalhar
Dizer tanto disparate…

Pois que lá se crê
Em tudo o que diz…
E nist’o seu cariz
Mostra-se no que é!

Na prodigalidade
Desse mundo etéreo,
Há um assunto sério
Que será verdade!

E será esclarecido
Quem é assassino,
De tod’o pequenino
Ainda não nascido!?

Na próxima boca
Que “ouvir dizer”,
A “médica” vai ter
Que s’alegar por louca!

E já nesse inquérito
Ter-se por esquecida
Que falar da vida
No tempo pretérito

Tem por fundamento
A razão da verdade,
E não há liberdade
Quando se vai dentro!

Pois por difamar
Outrem d’assassino
De tod’o pequenino…
Nem a delirar!!?

Por isso s’ouvir
De nova essa menção
Em qualquer avião
Onde vás zurzir

Não vais ter desconto
Só por seres maluca!
E nessa conduta
Tudo em ti ser conto!

E vais descobrir
Qu’a realidade
Não é a verdade
Só por se mentir!

E terás o preço
Desse teu delírio,
E do grave perjúrio
Sabes que não esqueço!

Por isso ensaia
No varão, a dança!
Que pr’a ti há esperança
Ao subir-te a saia….

E nisso valer
A tua boa conduta!
Não, não és uma puta!
Quanto mais parecer…

Joker