Medo!

Aind’o medo impera
Nesta humana raça,
E já ninguém disfarça
Quant’o desespera…

O medo imperial
Da nossa vivência,
Tem omnipotência
No mundo laboral!!

E de medo em medo
Tudo já s’aceita,
Porque é a receita
Par’o Homem, quedo!

É tão só o medo
Que nos entorpece,
E não nos apetece
Levantar o dedo!!?

E nisso reivindicar
Tão só por justeza,
No que lá se lesa
Por medo d’estar…

E num medo atroz
Encetar-s’a fuga,
Por pretensa luta
Em tão fraca voz…

C’o medo presente
Prometer lutar
Mas, sem nisso actuar
Na razão diferente!?

E declarar a “guerra”
Na ilegitimidade
De quem vê na verdade
A maior perda…

E usar dos meios
De quem nos ataca,
E a gente forte, fraca
Em tais anseios…

Líderes d’outrora
A dizer “Eu faço!”,
Usando do “cagaço”
D’agora…

Fortes no passado
Em vozes altaneiras,
E hoje por asneiras
Esse legado…

E reclamar a fraude
Como meio de luta,
A quem os escuta
Na falta de “saúde”…

E tudo por direitos
Adquiridos,
Hoje mal recebidos
Nos seus efeitos…

Qu’o reclamar
Dá desconforto,
E o fingir-se morto
Dá outro estar!!

Qu’as garantias
Da nossa Lei,
Não dão a ninguém
Mais alegrias…

Quer-s’o absoluto
Em tal certeza,
Pois qu’a nobreza
É valor curto!!

E a garantia
Dentro da guerra,
É qu’a trégua
S’impõe por via!

Não há direitos
Sem s’os conquistar,
E há que lutar
Por tais preceitos!!

S’até a vida
Não s’a garante,
Porque nisto há gente
Qu’a tem por tida?

O mundo é aberto
Às possibilidades,
E as absolutas verdades
Nunca estão perto…

E quem pois julga
Qu’o medo governa
A vida eterna,
Não a promulga!!

E se tenho medo
Não o renego!
Qu’ele por cego
Tem-me no credo!

E sim enfrento
O maior medo:
O ter-me quedo
No movimento!!

E nesse rosto
O medo é vácuo:
O meu Eu fraco
Em tal oposto…

Joker

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Posted on 8 de Junho de 2016, in Palhaçadas. Bookmark the permalink. 11 comentários.

  1. Caro Colega, agradecia que explicasse a quem se refere neste seu poema. Especificamente se se refere à minha pessoa. Só depois de obter esta informação, de V. Exa., poderei agir em conformidade.

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    • Caríssima Cristina Vigon, no meu desiderato poético trabalho sozinho; não tenho colegas, lamento! Quanto ao propósito do seu comentário tenho a responder-lhe o seguinte: consulte o meu “Disclaimer” ou “Aviso” pois esta é uma obra de ficção, só suscetível de ser confundida com a realidade, por defeito. Muito obrigado. Joker

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  2. Carissimo Ernesto Ribeiro, sob o pseudónimo de Jocker, perante a sua frase”… pois esta é uma obra de ficção, só susceptível de ser confundida com a realidade, por defeito…” Aparentemente inócua e cuja clarificação agradeço, tenho a dizer-lhe que seja sob a forma de poesia, de prosa, utilizando o seu próprio nome ou outros por si criados, o que escreve acarreta consequências, e a Calúnia é punível por Lei.

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    • Caríssima Cristina Vigon, agradeço a explanação sobre os aspectos legais e poéticos mas, mantenho, na íntegra, tudo o que reproduzi no meu comentário anterior. Se a calúnia é punível por lei e, se o que escrevo acarreta consequências, felizmente que muito do que se apregoa não se escreve. Muito obrigado. Joker

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  3. Carissimo Ernesto Ribeiro, deduzo da sua resposta que acrescenta mais uma frase que carece de clarificação, “… felizmente muito do que se apregoa não se escreve.” que não está na disposição de responder frontalmente à minha pergunta. Porquê Sr. Ernesto Ribeiro? Será que padece do mesmo mal de quem acusa?

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    • Caríssima Cristina Vigon, se se sente visada nos meus poemas, nos meus textos, isso é tão somente um problema seu que em nada me diz respeito. Se padeço de algum mal, isso sim já me diz respeito, mas não a si! Portanto façamos o seguinte: se tem algo com que me acusar, faça-o no local adequado e deixe-se de insinuações sobre a minha pessoa, no meu próprio espaço de escrita, pode ser? Olhe que a calúnia é punida por lei, sabia? Joker

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  4. Exmo Senhor,
    Como sabe o que se escreve na Internet, eterniza-se.
    O assunto será tratado a partir de agora pelo meu advogado.
    Melhores cumprimentos
    Cristina Maria Vigon de Magalhães Cardoso

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