Minoria ensurdecedora
Nunca tive tanto orgulho
Em ser duma minoria,
Votar contra esta paralisia
E este sentimento d’esbulho,
Estado de necessidade
Qu’é feito da legalidade
Estatutária?
Esta assembleia plenária
Pode votar em estado de necessidade?
Automatismos
Pronto, está bem,
Vamos lá assinar a sentença,
E reduzid’o valor da tença
O que são nisto mais cem?!
V Império
Finalmente o V Império,
O reino de Deus na Terra,
A paz onde houver’a guerra
E o reino do homem sério…
Salve-se quem puder!?
Há negociação
Na pendência d’ameaça,
Quando um ministro avança
Na sua imposição?
Fora-da-lei
Como se pode aceitar
Um acordo sem barreiras,
Apenas com promessas ligeiras
Que nada se pode evitar?
Desmentido
Teve que vir o causídico
Negar o evidente,
Porque a ignorância corrente
Já tinh’o seu veredicto!?
Estatuto
O grilo falante
Deseja uma ratificação,
Depois duma ocasional votação
Onde não esteja muita gente…
O discurso do mé(to)do
O grande filósofo da classe,
O gago,
Elaborou o discurso do mé(to)do
Na expectativa qu’outro passe…
Atropelamento e fuga!
Ontem no Jamor
Houve atropelamento e fuga!
Foi numa entrada de curva
E não se conhece o autor!?
Amar ou odiar
Amar ou odiar,
Como disse Fausto Guedes Teixeira…
Qu’a nossa causa primeira
Não é a metade dum prazer!
Fim do mundo em cuecas
Quem nos salva agora
Do fim do mundo?
O que nos reserv’o Fundo
Depois da penhora?
Chuva, frio ou vento…
Não há chuva, frio ou vento
Que nos abale!
E em qualquer monte ou vale
Jogamos contr’o tempo!
Boas Festas!
Então, Boas Festas!
É o que vos desejo,
E pr’o próximo ano prevejo
Ainda melhores qu’estas!
Playstation

Minha querida Federação,
Escrevo-te hoje tristonho,
Pois sabemos qu’o sonho
Desta grande nação
Memórias dum clube intervencionado
Meu querido clube,
Eu sei qu’é corrente
Andares nisto sempre à frente
Porqu’a “sorte” te coube!?
Chico Fininho
Gingando pela rua
Ao som do Lou Reed
Sempre na sua
Sempre cheio de speed
Segue o seu caminho
Com merda na algibeira
O Chico Fininho
O freak da cantareira
A rapariguinha do shopping
A rapariguinha do shopping
Bem vestida e petulante
Desce pela escada rolante
Com uma revista de bordados
Com um olhar rutilante
E os sovacos perfumados
Shakespeare – o teatro da vida

É a vida um teatro
C’as suas “personas”,
Onde tod’os dramas
Se vivem num hiato?
O mito do herói
O herói tem mil faces,
Mil estórias e vidas,
Comprovadas experiências
Das nossas catarses…
Meio tostão furado…
Entre mortos e feridos
Alguém há-de escapar,
Mas nem tudo se pode apagar
Destes tempos sofridos…
Indiferentemente…
Eu sei que vos custa
Ver um clube intervencionado,
Sistematicamente qualificado
Nas provas da UEFA…
Dia da independência
1 de Dezembro de 1640,
Fim do jugo castelhano,
Eis Portugal por reino
Dos Bragança!
A foice de talho
Não foi a talho de foice,
Foi a foice de talho,
Qu’o Mota nunca é falho
No seu preciso alcance!
Benfica europeu
Mais uma grande vitória
Do Benfica europeu,
Pois se não perdeu
O empate também faz história!
Estudio simbólico de la diosa Maat
Escrito por Ana María Pliego:
«Grande es la Regla, duradera su eficacia; no ha sido perturbada desde los tiempos de Osiris. La iniquidad es capaz de apoderarse de la cantidad, pero el mal nunca llevará su empresa a buen puerto. No te entregues a una maquinación contra la especie humana, pues Dios castiga semejante comportamiento… Si han escuchado las máximas que acabo de decirte, cada uno de tus designios progresará».- Enseñanza del sabio Ptah-hotep»
Viagens
A vida são recomeços
Entre chegadas e partidas,
Uma sobreposição de vidas
Por lembranças e esquecimentos;
Marco Aurélio
Filósofo, Imperador,
Adoptivo de Antonino, o Pio,
Um estóico pleno de brio
Ao domínio da dor…
Inimigos públicos
Ah! A época de trinta,
Com tod’as suas contradições,
O jazz e as cambaleantes canções
Da sociedade de boa pinta…
A corte do Rei Artur
Na corte do Rei Artur
Todos buscam o Santo Graal,
P’la espada do rei medieval,
Excalibur!
A evolução da espécie
Ao longo das eras
A humanidade é arquetípica,
Pouco nela se modifica
Nas suas quimeras…
Camões
Camões, célebre Camões,
Escreveste as glórias nativas,
E as misérias mais reclusivas
Das humanas tentações,
Miguel de Cervantes
Grande criador
De maiores personagens,
Miguel de Cervantes,
Poeta, militar, escritor!
“Velhas” profecias
Escrevia trovas Bandarra,
O sapateiro de Trancoso,
Era judeu e cioso
Da sua arte e prosa,
Je suis…
No dia em que se desistir
De se defender a Liberdade,
Lutando p’la simples faculdade
Em resistir,
Guerreiro espiritual
Meu querido Hugo,
Lutaste como um guerreiro,
E s’a morte te chegou primeiro
Na traição do “verdugo”,
Amnésia
Ele não reconhece o “Eu”,
Só a alcunha, o epíteto,
E perdeu o sentido crítico
De qu’o nome é o qu’é seu!?
A voz da consciência (de classe)
O gago administrador
Continua a gerir a classe,
E só aceita dar a face
Na sua gestão de censor!
O “encoberto”
Na nossa novela nocturna
O Cavani é um prodígio,
É uma espécie de filho
Que qualquer dia fuma!?
Pão e circo!
Vai Pedrinho,
Bota pr’o Cebolinha!
Joga no fundo da linha
Qu’o Vinícius vai de carrinho!
Chegou o Judas!
Como chefe d’estado,
O Judas vindo de Vera Cruz
Assinou p’lo Benfica de cruz,
Baixando ordenado!?
Marinheiro d’água doce
Diz o marinheiro d’água doce
Qu’a transportadora deve falir,
Porque nela não se deve investir,
Tanto mais que não fosse
Nacionalização d’azia
É nossa, Sérgio,
Essencialmente tua!
Por muitos estavas na rua,
Por seu sufrágio!?
Super-Mulher em Nova Iorque
A primeira heroína a enfrentar
O Covid-19,
Em Nova Iorque,
Foi a grande Super-Mulher!
Pobreza d’espírito…
Saberá o Pinóquio
E o seu Grilo Falante,
Qu’a razão possante
Nos negou, por óbvio,
“Bom aluno”
Mais vale cair em graça
Que nisto ser engraçado,
Pois disso depend’o resultado
Mais que uma chalaça!
Pandemia
Basta um vírus mutante,
Uma pequena bactéria,
E tod’a nossa miséria
Se torna ainda mais infectante…
BacteriologicaMENTE puro!
A SIC e a TVI
Acabaram c’a “toxicidade”!?
“O futebol merece credibilidade…”
O qu’a gente se ri!
A poesia – transformadora do mundo
A poesia – transformadora do mundo. Uma afirmação assim – “A poesia como transformadora do mundo” – fará sorrir, sem dúvida, muitos. Não pensariam assim os gregos do Século de Ouro de Péricles, quando as vidas e os conhecimentos estavam conformados seguindo o ritmo dos versos da Ilíada e da Odisseia. Tampouco os guerreiros celtas os seus sacerdotes druidas, que confiavam a elaboração dos seus cânticos mágicos às suas profetisas, mulheres inspiradas pela divindade. A vida na sua sociedade encontrava-se também sob o ritmo destes cantos, que na língua velada passava aos mortais ensinamentos que a razão não alcança a compreender. O próprio Platão afirmaria pela boca de Sócrates que o verdadeiro poeta é porta-voz de um Deus, que a sua alma é um instrumento musical, que Deus toca quando quer dar a sua mensagem aos homens; que os sábios não podem refutar o cântico de um poeta, pois encontra-se mais além dos seus conhecimentos. Recorda Platão que o poeta canta, mas não ensina, que o próprio não pode explicar o mágico e o sublime conteúdo dos versos alados.
A peregrinação
Um dia hei-de ir a Fátima,
Terra de vastos milagres,
Pagar aos santos padres
P’la minha santa súplica!
Carne para canhão!
São carne pr’a canhão,
Soldados de patente baixa,
E vai tud’a toque de caixa
Combater por um tostão!?
Moeda-padrão
Nas sociedades modernas
A ética é valor acrescentado,
Um sinal dado ao mercado
Sobr’as práticas internas…
Baby suicida
“O que é isso que
Distingue a honestidade da patifaria,
Senão a severa e resistente linha
Da rectidão?”William Blake
Imortalidade
Quando me sobrevier a morte
Saiba-se que dei tudo,
Que fiz da vida um estudo
A uma existência mais forte,
O fado do trinta e um!
Prémio: “SILÊNCIO, que (agora é que se) vai cantar o FADO!
Porcos a voar!!? (Opláaaaahhh!!)
Este triste fado
Lusitano,
Um gingão, um magano
A caminhar de lado,
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De conduta, diz-se o código…!?
É uma espécie de código
De conduta,
Que luta, luta e luta
Contra tod’o ilícito!?
A (boa) formação
Até o anão
Que gosta de “gajas e bandoletes”,
Já “forja” novos grumetes
Na formação!?
O crime (quase) perfeito
A escola do crime
Inventar’o crime perfeito,
Ocultand’o defeito
Qu’o seu sentido exprime!?
A escola do crime
A escola do crime
Tem altos dignatários,
E pequenos salafrários
Que ninguém reprime!
Chega de saudade!
Nesta vida nada se perde,
Tudo se transforma,
Tudo segue a norma,
E o calor sucede à neve…
Acto de contrição
Valores, ó gago?
“Aviltar tudo e todos”?
Querias-me de “bons modos”
Com’os do grande Saramago?
Nossa Senhora do Labor
Da relação diplomática
Tirar’o seu sacramento,
E o futuro sustento
Pr’a sua vida sabática…
Quase a cem por cento…
Lá foram os lambe-cus
Receber mais um prémio!
Isto é de génio,
Está a anos-luz!!!
Rascunho Automático
Posso mostrar ou não,
Posso abrir, ocultar,
Posso nisto indicar
A minha “personalização”,
Gigante de pés de barro
Quando cheg’a Europa
O benfica é grande,
Vence enquanto s’expande
Na sublime chacota!
Ísis sem véu
O que diz o frei Luiz
Que lá não seja verdade?
Acaso é a sua “popularidade”
Qu’o contradiz?
Pensar, mas (só) nesta base…
1. Aqui no espaço de pensar
Manda cá o gago,
Porqu’o lugar nunca esteve vago
Mesmo quando andou a sindicar…